Google testa anúncios interativos

Paris - Integrados ao programa AdSense, anúncios Gadgets permitem integração de notícias e games.

O Google está testando um novo formato de publicidade que, segundo suas expectativas, fará usuários gastarem mais tempo online olhando para anúncios a ponto de até integrá-los em suas próprias páginas.

Chamados de anúncios Gadgets, o serviço já está sendo testado por uma pequena quantidade de clientes. Na quarta-feira (19/09), o Google anunciou que está ampliando consideravelmente os testes, o que significa que mais anúncios começarão a aparecer nos sites.

O formato permite que companhias construam anúncios que incluam áudio, vídeo, games e feeds com dados em tempo real e os integrem nas linguagens Flash e JavaScript. O anúncio parece uma pequena página dentro da sua página.

O Google publicou diversos exemplos do Gadgets em seu site. Em um anúncio da montadora Nissan, o usuário pode publicar seu código postal para que o anúncio mostre um mapa com a condição do tráfego onde mora. Outro do parque temático Six Flasg inclui um game simples.

Os anúncios dão aos anunciantes métricas detalhadas sobre quem os uso, de acordo com o Google. A peça do Six Flags, por exemplo, teve 94,5 milhões de impressões para 17,1 milhões de usuários único, com taxa de interação de 200 mil vezes, afirmou o Google.

Segundo o Google, 0,3% dos que viram os anúncios interagiram com ele. Em comparação, divulgação direta por e-mail gera resposta de 2,18%, de acordo com dados relativos a 2006 da Direct Marketing Association.

O novo modelo roda na plataforma de propaganda AdSense do Google e têm preços atrelados ao número de cliques ou impressões. O Google não afirmou quando o período de teste terminará, mas disse que os anúncios Gadgets estarão disponíveis em 20 línguas e em 100 países.

A Microsoft e outras companhias também estão permitindo que anunciantes coloquem funções interativas em sites, mas o Google alega que seus anúncios oferecem mais maneiras de atrair usuários.

Os anúncios também podem aparecer no YouTube e anunciantes podem incluir parte do pagamento de produtos na propaganda.