sexta-feira, 28 de setembro de 2007

Analista: especulação sobre preço do Facebook pode acarretar nova bolha

Sydney - Suposta negociação entre Microsoft e Facebook, que estaria avaliado em US$ 10 bilhões, pode direcionar internet para bolha da Web 2.0.

Rumores de que a Microsoft estaria negociando uma fatia na rede social Facebook é uma prova de que a indústria de TI pode estar a caminho de uma nova bolha nos valores das companhias de internet, de acordo com David Bradshaw, analista da consultoria Ovum.

Ao comentar notícias que a Microsoft quer participação de 5% na rede social e está disposta a pagar até 500 milhões de dólares, Bradshaw afirmou que colocaria, com este cenário, o valor do Facebook poderia atingir até 10 bilhões de dólares.

"Não levamos rumores muito a sério, mas existe muita fumaça aqui que indica que realmente pode haver fogo", analisa.

"E, valendo 10 bilhões de dólares, pode ser um incêndio enorme! Na verdade, é uma quantia tão grande que eu suspeito que estamos indo para outra bolha de valores de empresas online".

O analista afirmou que redes sociais se tornaram elementos desta colaboração online, mas outros sites também estão mais centrados nesta colaboração.

"Dois dos grandes sucessos da Web 1.0, o Amazon e o eBay, tiveram sucesso por sua colaboração mediada entre compradores e vendedores", afirma.

É por isto, segundo ele, que o Facebook não é apenas mais um passo no caminho e que há algo mais a vir. "Talvez nós precisemos de uma bolha antes de chegar à maturidade - mas esperamos que não", diz.

Bradshaw observou também que ainda existem problemas para o Facebook que vão de ações legais por propriedade intelectual ao aumento nas preocupações sobre o abuso de crianças e pedofilia online.

"No longo termo, acredito que redes sociais evoluirão ainda mais. Usuários precisarão de melhores controles de privacidade, por exemplo, para que possam se proteger de ameaças e roubos online", explica.

Fundado em fevereiro de 2004, o Facebook é uma das redes sociais mais populares do planeta, com 42 milhões de usuários ativos. A rede vem crescendo rapidamente no último ano. Em dezembro, a companhia tinha cerca de 12 milhões de usuários.

Sandra Rossi, editora do ComputerWorld, em Sydney

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